Malka (Daniel Lemos) / Relacional vs NoSQL: MySQL, PostgreSQL e MongoDB

Created Mon, 18 Nov 2024 15:00:51 -0300 Modified Thu, 15 May 2025 14:42:25 -0300
703 Words

Imagem de uma sala dentro de um servidor de dados imenso e totalmente tecnológico - Gerado por IA

Bancos de dados oferecem uma variedade de opções para armazenar e gerenciar informações, cada uma com suas características e vantagens. Hoje abordaremos três dos sistemas de gerenciamento de banco de dados (SGBDs) mais populares do mercado: De um lado, temos os bancos de dados relacionais, como o MySQL e o PostgreSQL, que são super organizados e guardam tudo em tabelinhas. Do outro lado, temos o MongoDB, que é NoSQL e bem mais flexível, guardando os dados como se fossem documentos. Compilei as principais diferenças, vantagens e desvantagens, além de trazer alguns cenários que julgo serem ideais para cada um.

Modelo Relacional: a força da estrutura

MySQL e PostgreSQL são sistemas robustos que organizam os dados em tabelas com linhas e colunas interligadas, seguindo o modelo relacional. Essa estrutura garante a integridade dos dados e facilita a realização de consultas complexas, com o uso da linguagem SQL (Structured Query Language). Se os bancos de dados fossem armários, o MySQL e o PostgreSQL seriam aqueles com prateleiras e divisórias bem definidas.

MySQL:

  • Código aberto e popular: Amplamente utilizado em aplicações web, com grande comunidade e suporte.
  • Escalabilidade vertical: Permite aumentar a capacidade de processamento com mais recursos de hardware.
  • Fácil de usar: Simples de instalar e configurar, ideal para iniciantes.

PostgreSQL:

  • Recursos avançados: Oferece recursos como herança, tipos de dados complexos e gatilhos, superiores ao MySQL.
  • Conformidade com ACID: Forte aderência às propriedades ACID, garantindo a confiabilidade das transações.
  • Extensões e segurança: Permite a criação de extensões e possui recursos avançados de segurança.

MongoDB: flexibilidade e escalabilidade

Em contraposição ao modelo relacional, o MongoDB adota o modelo NoSQL, caracterizado pela utilização de documentos flexíveis no formato JSON para o armazenamento de dados. Essa estratégia confere maior flexibilidade e escalabilidade ao sistema, especialmente em cenários que envolvem dados não estruturados ou semiestruturados. Mantendo a analogia do armário, o MongoDB pode ser visualizado como um sistema que permite a organização personalizada de informações por meio de caixas etiquetadas.

Vantagens do MongoDB:

  • Esquema dinâmico: Adapta a estrutura dos dados conforme a necessidade, ideal para dados em constante mudança.
  • Escalabilidade horizontal: Facilmente escalável para lidar com grandes volumes de dados e tráfego intenso.
  • Alto desempenho para leitura e gravação: Especialmente em cenários com grande volume de dados não estruturados.

Comparando os modelos:

Modelo de dados

  • Mysql e Postgres: Relacional
  • MongoDB: NoSQL (Documento)

Linguagem de consulta

  • Mysql e Postgres: SQL
  • MongoDB: Consultas baseadas em JSON

Esquema

  • Mysql e Postgres: Fixo
  • MongoDB: Dinâmico

Escalabilidade

  • Mysql: Vertical
  • Postgres: Vertical e Horizontal
  • MongoDB: Horizontal

Flexibilidade

  • Mysql e Postgres: Menor
  • MongoDB: Maior

ACID

  • Mysql: Forte
  • Postgres: Muito Forte
  • MongoDB: Somente a partir da 4.0, melhorado na 4.2.

Conclusão

A escolha do SGBD ideal depende das necessidades do seu projeto.

  • MySQL: Ideal para aplicações web com dados estruturados e que priorizam facilidade de uso. Recomendo para quem está começando ou precisa de algo fácil de usar.
  • PostgreSQL: A escolha robusta para projetos que exigem alta confiabilidade, integridade de dados e recursos avançados. Se o MySQL é um carro popular, o PostgreSQL é uma limousine de luxo: mais robusto, potente e cheio de recursos para quem precisa de alta performance.
  • MongoDB: Perfeito para lidar com grandes volumes de dados não estruturados, com alta escalabilidade e flexibilidade. Se o MySQL e o PostgreSQL são como prateleiras organizadas, o MongoDB é como uma nuvem: espaçosa, flexível e pronta para receber qualquer tipo de dado, por maior ou mais complexo que seja.

Fica ligado que cada caso é um caso. Às vezes a gente vê uma galerinha super animada com o MongoDB, usando ele pra tudo, até pra coisas que ficariam bem mais tranquilas num banco relacional. Tipo, guardar dados em tabelinhas bonitinhas, com tudo organizadinho… Mas aí o projeto vira uma bagunça! 🤯

Então antes de sair usando qualquer banco, dá uma olhada com carinho nos requisitos do seu projeto. A gente sabe que nem sempre teremos essa informação no começo do projeto, mas tenta entender direitinho que tipo de dado você vai lidar, como ele vai ser usado, e qual a melhor forma de organizar tudo. 😉

No fim das contas, o importante é escolher o banco que se encaixa melhor no seu projeto, pra garantir que tudo funcione redondinho e a performance da aplicação voe alto!